segunda-feira, 4 de julho de 2011

VIDA DE MÚSICO !!

    Já está fazendo dois anos mas quero blogar esse episódio.

    Astros principais: de um lado eu e meus 73 kg. Do outro, um nervoso nativo, desses tipos físicos com mais músculos que neurônios.

    Artistas coadjuvantes: Capitão Rogério, Silvio, Highlander e respectivas esposas, intrépidos motociclistas com suas reluzentes Harley Davidsons, todos fãs do grupo musical Branca de Neve e os 4 Anões (Luciano, Xuxú, Kuky e Danilo).

    Cenário: Meio da rua numa fria madrugada de domingo em Sorocaba-SP.

    Roteiro: Uma moradora vizinha do principal clube da cidade onde acabávamos de nos apresentar, insatisfeita com o vozerio embaixo de sua janela, discutia com os motociclistas. O ruidoso grupo com blusões e roupas de couro adentrou ao clube justamente no momento em que o Maguila de Sorocaba, marido da queixosa, decidia pular de sua cama, munido com um pedaço de pau com um metal cortante na ponta (nem precisava o pedaço de pau com aquela saúde) e saiu do seu covil, aos berros, desferindo seus golpes impiedosos no primeiro que viu pela frente.

    E quem era o primeiro? Eu! Sim, justamente eu. O pacato pianista Morris Britt que estava apenas colocando seu precioso teclado no porta-malas do carro. Sem chances de defesa e sem tempo de utilizar minha arma predileta frente a um perigoso Hulk com um caibro nas mãos, ou seja, SAIR CORRENDO, recebi uma paulada certeira na cabeça. Só não foram mais golpes, nem houve dano maior, graças a pronta intervenção da Camila, esposa do contrabaixista Kuky, que providencial e corajosamente se colocou na frente do agressor, impedindo que o desvairado continuasse com as pancadas. Nessa altura os anões músicos já haviam sumido.

   As autoridades foram chamadas, chegaram em minutos e fomos todos conduzidos a delegacia. Eu, com cortes profundos na orelha, lesões no couro cabeludo, muito sangue derramado, fortes dores no ombro esquerdo e a perda de uma camisa novinha. O valentão com dias piores pela frente, sob uma carga de processos por lesões corporais, danos morais etc agradecendo a Deus por ter “escolhido” eu para descarregar sua fúria. Se ao invés de mim, a vítima fosse um daqueles motociclistas (ou mesmo se fosse comigo alguns anos antes), uma bala certamente seria o atalho para o imbecil irresponsável ouvir e ver Elvis Presley cantando no céu. 

    Após horas na delegacia e hospital locais e IML na capital, mais parecendo uma planta xaxim com a faixa circundando minha madeixa, agradêço aos que me apoiaram, confortaram e ficaram ao meu lado até a liberação total da apuração dos fatos, especialmente à escrivã Marly à delegada dra. Darly  e à uma tenente da PM que não me lembro o nome.


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