quinta-feira, 18 de julho de 2013

Quinta Edição


terça-feira, 21 de agosto de 2012

Elvis Presley e "Feelings"

AOS FÃS DO ELVIS, AQUI VAI MAIS UMA ELUCIDAÇÃO, ADIANTANDO O QUE PUBLICAREMOS NO FUTURO.
O saudoso cantor, violonista e compositor Luís Floriano Bonfá, falecido em 2001 em quase total esquecimento no Brasil, foi um dos precursores da bossa ...
nova. Inclusive foi quem compôs a trilha sonora do aclamado filme "Orfeu Negro" de1959 com a canção “Manhã de Carnaval”, levantando o prêmio no Festival de Cannes, Oscar, Globo de Ouro e BAFTA. Luís Bonfá ostenta efetivamente o título de único compositor brasileiro a ter uma música gravada por Elvis Presley, embora sempre tenha se especulado que a gravadíssima “Feelings” de 1973, de Morris Albert, também esteja incluída no repertório inédito de Elvis.
Morris Albert (aliás, o carioca Maurício Alberto Kaiserman), há tempos vem alardeando que sua canção um dia ainda será mostrada na voz de Elvis. Só não diz quando. De certo mesmo, a incrível semelhança da sua “Feelings” com a canção francesa “Pour Toi” de Louis Gaste dos anos 1950, levando a Suprema Corte da Califórnia a declará-la plágio. A rigorosa Corte apenas esqueceu que, para sua obra, o sr. Gaste também copiou da música “Artistry in Rhythm” de Stan Kenton, que por sua vez parece-se muito com um trecho de “Daphnis et Chloe” de Maurice Ravel. A mesma grade musical de "Feelings" também já havia sido chupada para sonorizar um desenho animado comercial no Brasil com os personagens da Turma da Mônica e do elefante da Cica (uma indústria de produtos alimentïcios). A letra era: “♪...Monica, abrace o elefante, e veja num instante... ♪”, ao som da mesma melodia de "Fellings". Não houve questionamento judicial no Brasil.
Como nada se cria, tudo se copia, já dizia o velho filósofo, e imitações à parte, Maurício Camargo Brito, o músico autor do livro "Elvis. Mito & Realidade", e que sempre apreciou as gravações de Morris Albert, um cara que vendeu quase 200 milhões de discos em mais de meia centena de países, no ano 2000 teve apresentado no seu primeiro Cd solo, O Boogie do Milênio, incidentalmente como o pianista Morris Britt.

Elvis e o contrabaixo


Na década de 60, os Beatles foram visitar Elvis Presley na sua casa em Los Angeles. Após um joguinho de bilhar Elvis requisitou alguns instrumentos musicais e uma jam session aconteceu. Elvis Presley & The Beatles! O Rei do rock ia escolhendo as músicas com um baixo elétrico nas mãos, iniciando com "I Feel Fine" em homenagem aos visitantes. Não havia bateria e Ringo fazia percussão num móvel.
    Elvis tocou umas notas no baixo e olhou para Paul McCartney:
    - Tá vendo? Estou praticando.
    - Fica frio! - Paul respondeu. - Brian (Epstein) e eu vamos transformar você num astro (risos).
    Elvis Presley, desde garoto, sempre teve fixação pelo contrabaixo elétrico, um instrumento ainda novidade para alguns. Talvez, inconscientemente, uma vez que Elvis era dotado de um incrível dom musical, ele já percebesse que o contrabaixo era o instrumento mais importante numa banda. Nos anos 50, no auge do estrelato, estava ficando impossível sonorizar o grande e desconfortável baixo acústico do seu contrabaixista Bill Black nos shows ao vivo. Elvis resolveu comprar um Fender Precision Bass para o colega e o vendedor da loja atendeu ao telefonema:
- K.O. Houck Piano Co. de Memphis, boa tarde. Em que posso ajudar?
O próprio Elvis estava no fone:
- Eu quero adquirir um daqueles baixos portáteis. Você sabe né? Um elétrico”.
E o instrumento foi entregue na mansão Graceland.
Além de moderno e quase no formato e tamanho de uma guitarra, o baixo elétrico ocuparia bem menos espaço que o incômodo rabecão e resolveria o problema de som nos palcos. Mas Bill Black preferiu utilizar os dois baixos, tanto nos palcos como nos estúdios. O elétrico ainda era estranho para ele.
    Sempre houve descrédito na musicalidade do contrabaixista Bill Black. Muitos eram de opinião que seu irmão Johnny Black, que tocava com Johnny Burnette, era bem melhor. Mas a presença de palco de Bill compensava. Ao contrário do introvertido guitarrista Scotty Moore, o contrabaixista dançava, cantava, gritava, sentava no grande instrumento como se estivesse cavalgando, o que muito contribuiu para a desenvoltura de Elvis Presley no início de sua carreira. Quantas não foram às vezes, no início de tudo, em que Bill Black se via na obrigação de animar o show quando a figura e trejeitos inusitados de Elvis não eram aceitos por algumas platéias. A técnica de slap de Bill no baixo acústico, sua pegada enfim, é lendária (muitos ainda hoje tentam imitá-lo), além do seu senso de humor que divertia a todos nas viagens e gravações.
    Sam Phillips, o descobridor de Elvis, afirmou:
    - “Bill Black era tecnicamente um dos piores baixistas do mundo. Mas homem, como ele batia (slaping) naquelas cordas!”
    O Coronel, o empresário, por seu lado, certa vez ordenou para que o contrabaixista não fosse tão aparecido no palco:
    - Menos, Bill, menos. O artista é Elvis!
    Bill Black já se aborrecera antes com o Coronel, quando o empresário repetia piadas menosprezando contrabaixistas:
    - Sabe qual é a diferença entre um contrabaixo e um caixão? No caixão o defunto fica do lado de dentro! Ah Ah Ah Ah!
    - Sabe quantos contrabaixistas são necessários para trocar uma lâmpada? Nenhum. Porque o pianista pode fazê-lo com sua mão esquerda (que faz a linha grave no piano)! Ah Ah Ah Ah!
    Anedotas à parte, quando ouvimos atentamente a gravação original de Jailhouse Rock (“Prisioneiro do Rock”), percebe-se no final da música que o contrabaixo dá um break, preparando novamente para a primeira parte, enquanto os outros músicos e Elvis vão corretamente para o final, em fade out. Daí êle, o baixo, se corrige pegando o fio da meada. Comentou-se também que na gravação do rock Baby I Don’t Care, Bill Black não conseguia se acertar com o baixo elétrico. Não se acostumara com um instrumento pequeno. Para complicar, embora em qualquer música o contrabaixo seja quase sempre o componente mais importante, o Fenderbass tinha um papel vital em Baby I Don’t Care.
- Nervoso, Bill joga o baixo no chão e sai do estúdio. Elvis Presley então pega o Fender e ele mesmo grava a música. (!?).
     Pelo menos é o que contam.


segunda-feira, 20 de agosto de 2012

CORREÇÕES PARA A REVISTA VEJA DE AGOSTO 2012

A revista VEJA publicou uma interessante matéria . Como sempre tivemos que fazer algumas pequenas correções. Abaixo segue o teor do e-mail enviado à redação da mesma:
Prezados Senhores:
Oportuna a reportagem da VEJA sobre Elvis Presley (12 de agosto). Tive a oportunidade de ver e ouvir Elvis ao vivo cantando em San Francisco na noite de 29 de novembro de 1976. Meu livro “Elvis. Mito & Realidade” teve quatro edições esgotadas e eventualmente faço algumas pequenas correções nas mais diversas matérias sobre o saudoso artista. Portanto gostaria de retificar a informação do conceituado Sergio Martins...em 1966, Elvis e New Orleans (cidade) voltam a figurar em “Entre a Loura e a Morena”.
O relacionamento Elvis/ New Orleans no cinema resumiu-se apenas (e infelizmente) no estupendo “King Creole” sob a batuta do lendário diretor Michael Curtiz. Em 1962, o Rei do Rock atuaria em “Girls! Girls! Girls!” ( “Garotas e mais Garotas” nos cinem
as brasileiros),uma produção prevista para ser filmada no golfo de New Orleans mas as locações das ilhas havaianas propiciaram uma melhor fotografia.
Nosso amigo Sergio Martins deve ter confundido ano e madeixas das atrizes, uma vez que, em 1965, Elvis estrelaria em “Frankie & Johnny” (não confundir com o homônimo de 1991 com Al Pacino e Michelle Pfeiffer) que por aqui teve o nome “Entre a Loura e a Ruiva”. Na verdade, “Entre a Loura e a Morena”, o filme citado por Sergio, cujo título original é “The Gang’s All Here”, foi estrelado por Alice Faye e Carmen Miranda em 1943.
Ah, no poster alusivo ao filme “King Creole” de 1958 na referida matéria, não sabemos como Elvis está vestindo uma jaqueta de couro negro que ele só mandaria confeccionar em 1968 para seu especial de televisão na NBC.

att. Maurício

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quarta-feira, 20 de junho de 2012

O DIA EM QUE O BATERISTA DE ELVIS ESTEVE AQUI EM CASA vol.1

O ano deve ter sido 1991. A presença do saudoso Marcelo Costa, Walteir Terciani, Milton Barbosa e Márcio Moretti.

segunda-feira, 26 de março de 2012

NINGUÉM IRIA MESMO ACREDITAR!


    Três velhos amigos dos tempos do bairro da Liberdade batizaram seus filhos com o nome Maurício. O Adias, baterista do grupo musical Lunáticos com quem toquei, o dr. José Alexandre Glosser e o dr. José Rodolfo Guedes. Achavam que eu nasci com a bunda virada pra lua e foram unânimes entendendo que o nome traria sorte às crianças. Mas agiram dessa forma também para homenagear nossa sólida amizade. Hoje esses Maurícios estão com mais de 35 anos e sei que ostentam ótimas profissões.

    Meus amigos mais chegados de agora sabem que não sou um mauricinho, apesar do nome. Pelo menos no tocante a roupas de grife etc. Gosto de me vestir bem à vontade, com jeans e camisetas baratas e os vizinhos até tentaram fazer uma vaquinha para eu me trajar melhor.

    Dirigir carro então...detesto! Aliás sou péssimo no volante. Os outros motoristas no trânsito que o digam. Por essas e outras é que costumam me encontrar andando a pé por aí, ou mesmo de metrô, trajado como nos tempos do rancho em Mogi- Guaçú. Automóvel, só mesmo se necessário.

    Dia desses estava no centro velho da cidade de Santos e subi num ônibus para retornar à Praia do Gonzaga. Acomodei-me num assento na janela e era o cara pior trajado entre os passageiros. Tênis e bermuda surrados com uma camiseta de causar inveja ao livro “Os Miseráveis” de Vitor Hugo. Mesmo assim, um senhor de idade, bem falante, sentou-se ao meu lado e puxou um papo de imediato. Conversa vai, conversa vem, falei que era da capital, que eventualmente vinha no apartamento da minha mãe na praia. De repente o coletivo parou em frente à uma bela mansão, uma clínica médica com uma placa que chamava a atenção de todos os passageiros e transeuntes...

       “CLÍNICA MÉDICA DR. MAURÍCIO GUEDES”

    O velho ao meu lado comentou:
    Esse médico deve ser o tal. Olha só a placa e o movimento na clínica.
    No exato momento lembrei do sobrenome e arrisquei falar:
    - O senhor pode não acreditar, mas acho que o médico tem esse nome em minha homenagem.
    O velho, sem abrir a boca e sem mesmo se despedir, levantou-se e desceu do ônibus.

sexta-feira, 23 de março de 2012

MORRIS dog BRITT